Uma das coisas que mais admiro no mundo da música, se não a que eu mais admiro, são mulheres com atitude, que deixam de lado suas poses de menininhas e assumem a frente de suas bandas ou começam com suas carreiras solos mesmo.
Comecei a gostar de meninas no vocal com uma das primeiras, se não a primeira mulher a fazer isso na história da música: Joan Jett, musicista norte americana que nasceu em 1958 e inspirou e inspira gerações até hoje com o seu maior single. Quem nunca cantou a música "I love Rock'n'roll"? Até a Britney Spears que não tem nada de roqueira já gravou essa música.
No final dos anos 60 e inicio dos 70, auge da ideologia "Paz e amor", uma mulher que marcou época foi Janis Joplin. Ela me encanta até hoje quando escuto alguma música dela, cantada com aquela voz rouca arrancada do fundo de sua alma; encarnando o Blues e o Rock como nenhuma outra mulher fez até hoje.
Nos anos 80, começaram a surgir as "divas". Não tem como não lembrar da Madonna saindo de dentro de um bolo em sua apresentação do MTV Video Music Awards de 1984 cantando "Like a virgin". Mas nessa época, não tem como também não lembrar de Cindy Lauper e das vocalistas do B-52s, Kate Pierson e Cindy Wilson.
Nos anos 90 vieram as "queridinhas" da américa, Britney Spears e Christina Aguilera, e também as londrinas Spice Girls. Dessas, de longe a mais bem sucedida é com certeza a Britney, que mesmo tendo tido seu episódio de raspar a cabeça e ter dado uma surtada, voltou com seu disco Circus e mostrou que seu talento não acabou, continua muito boa ainda e até recuperou seu corpo também. Nessa década ainda teve também uma mulher que se destacava das outras por ser diferente, não ser menininha, a Gwen Stefani liderando o No Doubt sempre foi mais moleca e diferente das outras, sem perder seu lado feminino, pois todos sabiam que ali tinha uma mulher, muito linda e talentosa, que anos mais tarde, se separaria da banda para começar sua carreira solo como uma cantora pop.
Aqui no Brasil, na década de 90, tiveram duas mulheres que realmente me impressionaram: Fernanda Takai, toda delicadinha, com sua voz suave liderava a banda Pato Fu junto com seu marido e guitarrista da banda John Ulhoa; e a outra foi a toda talentosa Cassia Eller, que já começou a ser controversa e rebelde por causa de sua sexualidade, sempre assumida sem medo do que os outros poderiam pensar e dizer, mas não tinha como não gostar dela, tinha uma linda voz e compôs muitos dos hinos do pop rock nacional que todos lembram até hoje, como "Segundo Sol" e "Relicário".
Entre o fim dos anos 90 e os dias de hoje surgiram muitas bandas boas com meninas no vocal, como "Nightwish",, "Evanescence" e "Lacuna Coil", bandas góticas, que misturam o peso de suas guitarras com mulheres com vozes de cantoras de ópera no vocal; nessa época foi também que conheci a banda "The Donnas", formada apenas por mulheres, banda de Hard Rock e Punk americana que é extremamente boa:
Nestes últimos anos, as meninas vem tomando cada vez mais coragem e lugar num ramo que durante muito tempo foi dominado absolutamente por homens. Aqui no Brasil surgiram para o grande público meninas como Pitty, Meg Stock (Luxuria), as meninas da "Lipstick" e até as da "Agnela". Na gringa vem surgindo para a grande mídia garotas como a fantástica Halley Williams, que com seu cabelo laranja e seus microfones coloridos rouba a cena e encanta com sua voz no "Paramore"; a Cassadee Pope da banda pop punk da Flórida "Hey Monday"; a Sierra Kusterbeck da "VersaEmerge" (que já foi apresentada por nosso blog).
Todas estas me encantam de modo surpreendente com toda sua desenvoltura, beleza, atitude e rebeldia que cada uma leva consigo, mas, pra quem não viu, deixo aqui a apresentção de Like a Virgin da eterna diva do pop, Madonna.
Guilherme
E peço desculpas se me empolguei um pouco e escrevi demais rs '
